As desculpas não desculpam nada
As acções devem ser avaliadas pelas suas consequências, no entanto é difícil renunciar a certos defeitos. Todos julgam e ninguém está imune. É necessário subsistir.
As pessoas vão atrás de quem vence e de quem manda. Os bajuladores não conseguem conviver com a derrota assim como os mentirosos não conseguem existir sem as suas contradições. Os submissos não fazem a história, mas suportam e sustentam as vidas de muitos.
Por outro lado, a ambição é um vício. A busca da glória também. Ser apreciado pelos seus méritos é o resultado legítimo do uso do esforço e da inteligência perante os fracassos e os desafios. A ansiedade é constante, mas o prestígio é aliciante. Também é um tormento. A fama justifica e cobra. Os rivais são ultrapassados e a justiça não é uma inquietação. O instinto de posse prevalece. O efémero vence mais uma vez.
As desculpas não desculpam nada.